Sem querer, encontrei uma nova obra sobre a minha querida Isadora Duncan. Fiquei extremamente surpresa de encontrar uma nova biografia tão rica sobre esta mulher fantástica! O autor é Peter Kudth, a capa do livro é belíssima, com uma foto da própria Isadora. Folheando as primeiras páginas, logo o entusiasmo tomou conta do meu coração. Que vida, que mulher espetacular! Tudo que vem da vida dela é carregado de paixão, de emoção, aquela coisa visceral, instintiva. Isadora foi uma mulher à frente de seu tempo. Acredito que mesmo hoje, se fosse viva, ela ainda estaria além desse tempo, além de todos os tempos. E, com certeza, ainda ficaria frustrada com a posição que a mulher ocupa no mundo, mesmo com todo o avanço que tivemos. Isadora era revolucionária, contra muitas das convenções da sociedade, especialmente da sociedade puritana norte-americana do inicio do século XX - ela era Americana, nasceu em São Francisco.
Sua arte não foi compreendida pelos americanos, seu sucesso só começou a acontecer, sobretudo na Alemanha e França e depois se espalhou pela Europa. Isadora tinha a arte na alma, embora ficasse conhecida e imortalizada por ser a criadora do balé moderno, ela trouxe não só conceito de artes da dança moderna como também teve insights importantes sobre educação e saúde das crianças, música, literatura e poesia. Isadora também se engajou em ideais socialistas com amigos soviéticos, chegou a montar uma escola de educação infantil voltada para artes e muitos outros projetos sociais em sua curta vida. Ela morreu em Paris, tragicamente, enforcada pela própria echarpe que se enroscou no pneu de seu carro esporte.
Isadora está aí de novo, em uma obra revisitada, não vejo a hora de ler!
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
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